Um “blog”, um “site” não actualizado é como um jardim não cuidado. E no entanto, isso não nos dá o direito de “escrever por escrever”, sobretudo se o pretendermos “publicar”, isto é, “tornar público”, permitir que seja lido por terceiros.
Talvez, por tudo isto, não valha a pena escrever sobre aquilo que, não existindo, nenhuma diferença fará que venha ou não à luz. Já me referi ao “Direito de Não Ler” decretado por Daniel Pennac, proponho agora uma reflexão sobre “O Direito de Não Escrever”, neste tempo em que a actualização dos “blogs” é uma exigência quase totalitária que se nos impõe, até ao insignificante.
Não. Sempre ouvi dizer, que ler ou escrever, é saber. E quem gostar de saber, terá obviamente que ler ou escrever.
A língua de Camões, tem um léxico dos mais difíceis de todas línguas. Mas, Camilo Castelo Branco, ensinou-nos a compreender com a simplicidade que só ele tinha, que as suas obras, os seus romances eram uma verdadeira bília da nossa língua.
Meu caro Arquitecto, já há muito que não passava por esta sua "casa"...
Fi-lo agora e prometo voltar, sempre que possa.
Um abraço de grande amizade,
Teixeira da Silva