Iniciativas como a “Feira da Terra”, “A Noite dos Romeiros” e a mais recente “Contar, Cantar e Pintar Mondim” são excelentes, senão mesmo indispensáveis, celebrações da identidade mondinense. São a expressão viva desse bem imaterial que é a cultura local, constituindo pretextos para, sazonalmente, confrontarmos o que fomos com o que somos.
De entre estas iniciativas, a “Feira da Terra”, para lá de constituir um balanço anual do estado do associativismo, é também uma “mostra” do potencial criativo do tecido económico e social. Neste sentido, tem claramente respondido bem ao desafio de fazer coincidir, ao mesmo tempo e no mesmo lugar, expressões do passado com vislumbres do futuro. Mas o que em termos de Identidades se vai definindo, no contexto da globalização em que estamos mergulhados, parece ser o exacto contrário desta concepção relativamente estática. As novas identidades são plurais, são inclusivas, não exclusivas. São, mais do que nunca, mestiças, resultantes do cruzamento de culturas. O que no passado era a excepção apenas tolerada pelos grupos sociais dominantes, hoje é quase a “regra” sobretudo nos contextos urbanos e, muito particularmente, nas grandes metrópoles mundiais.